Plano de Saúde: Discriminação é marca contra Consumidor

A saúde está doente ....

A mobilização médica ocorrida neste dia 07 de abril, ganha destaque em todos os meios de comunicação. A situação denunciada pelos profissionais cooperados não é novidade para os usuários dos planos de saúde privados, que se vêem envoltos nos obstáculos para alcançar autorizações de exames especializados, altos preços das mensalidades, dificuldades para agendamento de consultas médicas, má qualidade nos serviços prestados por laboratórios, etc. E, mais, os contratos firmados com os usuários são de adesão e nem sempre as cláusulas e condições contratuais de carência e de vinculação à oferta são suficientemente esclarecedoras a todos os seus usuários, fato que acaba por levar centenas de consumidores a Justiça, a fim de garantir atendimento ou reparação de danos morais e materiais.

Por sua vez, também os hospitais públicos estão agonizando diante de completa incapacidade de garantir saúde de qualidade à população mais carente. Ousaria dizer que a realidade tem demonstrado a falência dos dois sistemas: público e privado.  Ou seja, a saúde no Brasil está doente! Diariamente, assistimos o distanciamento entre as garantias constitucionais (art. 196  e segts) e as efetivas condições de exercício desse direito.

Hoje, dia escolhido para paralisação nacional dos médicos cooperados em Empresas operadoras de Planos Privados, também é o Dia Mundial da Saúde, instituído com o objetivo principal de fazer com que o mundo dedique a sua atenção a este direito tão emblemático. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doenças. Infelizmente, a teoria há muito distancia-se da realidade. Nossos hospitais não conseguem dar atendimento a todos os pacientes, e por isso o acesso ao serviço médico-hospitalar tem se tornado privilégio de alguns escolhidos pela má-sorte, ou seja,  a depender da gravidade da doença com a qual chegam aos postos de saúde da rede pública. 


O vídeo adiante, mostra não apenas a precariedade do Sistema de Saúde Brasileiro quanto as condições de saúde oferecida aos pacientes, mas principalmente demonstra a necessidade e importância de uma participação mais ativa social, posto que somos vítimas e titulares desse direito fundamental.

Antes que eu me esqueça, a luta dos profissionais da área de saúde por melhor remuneração e condições de trabalho, não é apenas legítima, mas questão de dignidade.